segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Dica de Leitura!!!
Doenças Respiratórias da Infância no inverno
Entre os meses de Maio a Setembro, os prontos-socorros e clínicas pediátricos estão cheios. Isso porque esta é a época do ano onde bebês e crianças adquirem mais facilmente doenças respiratórias, as quais fazem parte de 70% de atendimentos nos hospitais infantis.
Em bebês, as mais comuns são a Bronquiolite Viral, as crises de Broncoespasmos e as Broncopneumonias. Em crianças maiores, as mais comuns são a pneumonia, asma e sinusite.
A Bronquiolite viral é uma infecção das vias aéreas inferiores (bronquíolos), causada pelo Vírus Sincicial Respiratório, que nada mais é do que o mesmo vírus que causa gripe nos adultos, porém em bebês, é muito mais forte, devido ao tamanho do sistema respiratório que é muito menor, e também pelo fato do bebê ter menos agentes de defesa no organismo. Sinais e sintomas: coriza (nariz escorrendo), chiado no peito, falta de ar e desconforto ao respirar (ao observar a barriga do bebê podemos ver um aumento no espaço entre a barriga e as costelas quando o bebê respira), perda de apetite, febre, secreção que varia de clara a esbranquiçada e bem espessa, grossa. Contágio: na maioria dos casos o contágio ocorre através do contato com adultos gripados ou com crianças já contaminadas pelo vírus. Casas com pouca ventilação e úmidas, pais fumantes e desnutrição também podem agravar os sintomas.
O Broncoespasmo (BE) nada mais é do que uma resposta inflamatória dos brônquios diante de uma alergia, ou até mesmo de outra doença respiratória, como o bronquiolite, por exemplo. Os brônquios se contraem, se fecham, e fica difícil para a criança respirar. O peito apresenta chiado e a criança fica com o aspecto de cansada, devido a grande força que faz para respirar. As causas mais comuns são alergia, presença de um vírus, bactéria, ou corpo estranho nas vias aéreas, fumaça de cigarro e poluição. Uma criança com crises frequentes de BE deve procurar um médico pediatra ou pneumologista para investigação. Em crianças maiores, o BE ocorre junto à asma, pelos mesmos motivos e também pelo excesso de atividade física.
Portanto vale lembrar: procure evitar a exposição de bebês e crianças à lugares que possuam muitas pessoas e que não possuam ventilação, evite o contato com o bebê caso esteja gripado(a), cuidado com o posicionamento do bebê após as mamadas (sempre deixá-lo inclinado ou sentado pelo menos 30 minutos), evite fumar perto de seu filho(a), assim como a exposição a poluição e produtos tóxicos, e caso apareça algum sintoma, procure o pediatra rapidamente e também um fisioterapeuta. A fisioterapia respiratória é indispensável, pois realizará técnicas (de acordo com a idade da criança) que auxiliam no descolamento e deslocamento do catarro facilitando a saída dele, melhorando a respiração, retirando toda secreção, devolvendo à criança a vontade de comer, de brincar, o sono tranquilo e a saúde novamente.
Protejam seus pequenos dos vírus e bactérias do inverno!
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
De filho único a irmão mais velho!!!!
Filho único é aquele que, por algum tempo, pode desfrutar o amor e a atenção dos pais, com exclusividade, como também a insegurança e falta de experiência da mãe no tocante aos cuidados básicos exigidos por um bebê.
A espera de um irmãozinho traz consigo a necessidade de dividir o que era só seu com um ser que lhe é totalmente estranho, não desejado e ainda ter que ser condescendente com os "caprichos" do recém-chegado.
A rivalidade e o ciúme fraterno coexistem em todos os lares, porque não tem a ver com a qualidade ou quantidade de amor que lhe é dedicado, mas como a criança o percebe, ou seja, se lhe é suficiente e justo ou não, o que nem sempre condiz com a realidade dos pais. A criança sempre desejará ser a única na vida deles e um bebê só poria fim a seus ideais egocêntricos. Praticamente é assim que ela percebe a situação, variando apenas a força dos seus temores.
Apesar de os pais amarem todos seus filhos, não é possível que seja da mesma maneira, visto que cada um é um ser individual e único, tem suas próprias características e necessidades, com maior ou menor intensidade. Além disso, cada criança nasce em épocas diferentes da vida dos pais e a cada nascimento estão mais maduros, experientes e seguros dos cuidados básicos de um bebê. Estão em outro contexto de vida.
De qualquer forma, sempre haverá certo grau de sofrimento para o primogênito e que poderá se manifestar pela regressão, como por exemplo, voltar a falar como uma criança mais nova, solicitar o uso da chupeta, molhar a cama, ficar mais arredia ou querendo colo com maior frequência. Há de se ter compreensão e tolerância, mas sem perder o controle da situação, pois necessitará de adultos que possam conter suas emoções mais exacerbadas, uma vez que não está sendo capaz.
Para minimizar a crise que se instalou, convém que os pais adotem certas atitudes, tais como:
- ao tomar ciência da nova gravidez, contar ao filho independentemente de sua faixa etária, utilizando-se palavras de sua compreensão. Reassegure-o de seu amor por ele. Saber da notícia através dos pais, fortalece a confiança depositada neles.
- introduza-o na história da família sempre que possível, pois ele não tem noção de sua infância mais precoce, ou seja, de quando era bebê.
- esclareça que ele também chorava muito como o irmãozinho vai chorar, pois é sua única forma de expressão; muitas vezes o programa combinado terá que ser adiado como tantas vezes vocês, pais, fizeram, quando ele era pequeno. Mas que dará muitas alegrias como ele também dá.
- por volta da ida à maternidade, informe-o previamente com quem ele ficará, que poderá visitá-los se assim o desejar e que logo voltarão para casa para ficarem todos juntos novamente.
- não subestime a inteligência de seu filho ao lhe dar um presente, alegando que o bebê que trouxe para ele, pois a criança sabe que bebês não fazem compras.
Se o filho mais velho recebe amor, compreensão e atenção dos pais, bem como, se são priorizados o respeito e a disciplina na educação, haverá ciúme e rivalidade, porém de forma mais branda e controlável.
Ana Maria Moratelli da Silva Rico
Psicóloga Clínica
Site: Guia do Bebê